quinta-feira, 11 de abril de 2013

Manias tão minhas





Possuo, das manias as mais complexas
Não dispenso porém as mais banais
Tão diversas, tão intensas
Irritantes e virais

Incansavelmente mexer no cabelos
Morder os lábios a todo momento        
Em todo meu ser há um certo exagero
Momentos estranhos de alegria e lamento

Antes de dormir penso demais em tudo
Em tudo que poderia ser e não é
Quando sozinha falo, respondo, discuto
Questiono amores, dores e fé

De todas as manias uma me atormenta
Pensar em ti em todas as horas possíveis
Inquieta minha alma já tão barulhenta
Fazendo planos de dias incríveis.







segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Licença poética para te odiar


Em linhas rimadas quero expressar
Aquilo que meu peito guarda em segredo
Sentimentos horríveis a confessar
Se você soubesse, teria medo.

Eu não te odeio de graça
Odeio o ar que você respira
As ruas por onde passa
No fundo, você me inspira.

Inspira essas linhas absurdas
Cheias de mentiras previsíveis
Inspira minha busca pela cura
Todas as verdades possíveis

Porque não sai do meu pensamento
E vem pra minha realidade?
Pra que sumir tantos momentos
E voltar dizendo sentir saudade?

Jamais disse que te amo
Já não sei se posso amar
Jamais pense que me engano
Tenho licença poética para te odiar

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Meu eu com você


Se me vê chorando não se assuste
Às vezes sentimentos tolos transbordam
Por mais que contra eles eu lute
Em lágrimas se transformam

Me fazem analisar friamente
Cada passo, cada decisão.
Analisar o que você sente
Medir sentimento e razão

Sentimentos criados
Monstruosidades em mim
Frutos de um amor mal cuidado
De dores que não tem fim

Você jamais entenderia
Não te cobro o entender
Mas eu não suportaria
Meu eu com você

Deixa rolar, temos tantos caminhos.
Não tenha medo de admitir
Nem tudo é carinho
Eu não posso te sentir...




segunda-feira, 23 de julho de 2012

Seres Imperfeitos



Braços que amparam sem condenações
Seres imperfeitos dispostos a rir sem motivo
Caminhando rumo ao caos
Desorganizando as estruturas inúteis
Esculachando falsos conceitos
Buscando apenas um sentido pra que tudo faça sentido
Para que a luta tenha uma razão
Seres imperfeitos que cultuam a imperfeição
Que acreditam na liberdade do ser
E que ser esta muito além do que compreendemos
A linha tênue que divide o possível do ideal
Que atormenta tantas mentes jovens
Tirando o sono, o sossego.
Tirando da zona de conforto
Virando do avesso nossos sonhos infantis
Fazendo encarar a realidade quase sempre dura
Quase sempre amarga e sem sentido
Seres que cantam e bebem como se o mundo fosse festa
E choram como se houvesse chegado ao fim
Que em cada minuto de vida, enxerga uma beleza e uma dor que estão sempre juntas.
Seres que seguem, mesmo sem saber pra onde.
E que buscam, mesmo sem saber o que.
Sonham sempre e vivem de sonho em sonho
E realizam coisas sem sentido que dão um colorido ao negro da vida
Passos largos caminham para o incerto
Apressados e belos seres imperfeitos.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Mundo Insano


Quantas curvas perigosas
Memórias insanas
Verdades desastrosas
Mentiras mundanas

Nas noites loucas de chuvas
Correndo e desabando
Vai se adaptando, mas não muda
Meu lindo mundo insano

Se afaste rapidamente
Do meu estranho mundo
Tente inutilmente
Resgatar-me do fundo

Quantas vezes terei que fugir
Para lugares que desconheço
Respirar, deixar fluir
Reiniciar o recomeço

Estranhamente sujo e belo
Meu mundo imperfeito
De exageros singelos
De sonhos desfeitos

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Espero



Eu caminho perdida
Buscando motivos para dor
Sonhando com outra vida
Sem você ao meu redor

Novo ciclo, nova vida
Ainda terei uma chance
Uma possível saída
Um momento, um instante.

Instante esse onde esquecerei
Tudo aquilo que vivi
Dores não guardarei
E você não conheci.

Espero um dia dar risada
Olhar para o passado
Sem nenhuma magoa
Sem ser pesado, sem ser dor
Sem medo e sem seu amor.





quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Para minha mãe Iemanjá




Fiz um pedido aflito
Para minha mãe Iemanjá
Que lavasse meu coração
Com as águas do mar

Que me tirasse à dor
E me ensinasse amar
Para que eu pudesse
Amar sem machucar

Que todas minhas tristezas
Ela pudesse levar
Que as más lembranças
Não pudessem voltar


Joguei flores sem espinho
Para minha mãe Iemanjá
Pois o mar devolve tudo
O que nele você jogar